Petição Pública
- Implementação do Dia do Cuidador – 15 de abril
Sabia que a população idosa residente em Portugal ultrapassa já os 2 milhões de pessoas?
E que mais de 400 mil idosos vivem sozinhos, sem qualquer apoio ou companhia?
Nas notícias do quotidiano, sucedem-se os artigos que dão conta de um número crescente de mortes em situações extremas de solidão, numa população essencialmente acima dos 65 anos; a mesma que, na última década, cresceu cerca de 20%.
O aumento da esperança média de vida e diminuição da natalidade têm contribuído para um país cada vez mais envelhecido, que nem sempre tem dedicado o merecido tempo, esforço e contributo social às pessoas que outrora foram os colegas, vizinhos, irmãos, primos, pais e avós de todos nós.
Ser Cuidador nem sempre é uma escolha, mas é um ato de solidariedade e respeito pela dignidade dos outros.
Ficar em casa com um familiar que necessite, assegurando uma vida mais saudável e menos solitária à pessoa em causa, ou construir um percurso profissional que privilegie o ato de conceder as melhores condições possíveis a pessoas institucionalizadas, lidando frequentemente com as mais adversas situações e doenças, é muito mais do que um simples trabalho, é uma forma de ser e de estar na vida.
Em homenagem a estas pessoas, que com a sua atuação contribuem para um país mais humano, que reconhece, valoriza e aprende com os mais velhos, pretende esta petição reunir o máximo de assinaturas possível, para implementação do Dia do Cuidador, a 15 de abril.
Esta é uma iniciativa TENA, líder mundial em produtos e serviços relacionados com a incontinência, presente em 90 países. Desde a sua entrada em Portugal, a TENA já trabalhou com centenas de instituições e lares de terceira idade, e milhares de Cuidadores, desenvolvendo continuamente projetos em estrita articulação com os mesmos.
“Cuidar é essencialmente uma tarefa de proximidade, respeito, compaixão e afecto. Revela-se na atenção com a alimentação e nutrição, hidratação, higiene e estética, no vestir, calçar, no prevenir situações de risco de infecção, acidente, abuso ou mau trato, na promoção da saúde, no suscitar participação, movimento, interesse por si, pelos outros e pela vida. Os mais diretos prestadores de cuidados, são em geral a família e os profissionais de saúde e de apoio social. São estes actores que devem fazer efectivamente parte da equipa de cuidados, em que a pessoa mais vulnerável, é o “maestro” e “musico”, num contexto de direitos humanos fundamentais . Cuidar, é também confortar, animar, informar, manter a relação com o mundo exterior, no tempo e no espaço, ouvir, compreender, aceitar, animar. Os prestadores de cuidados e apoio, para além de cuidadores, são recebedores da confiança, estima e gratidão dos doentes ou pessoas mais fragilizadas. A confiança mútua, e a competência técnica, são os elementos fundamentais que favorecem todos os prognósticos no campo da qualidade de vida e esperança de vida nesta relação de preservação e promoção da vida e da dignidade humana”.
Maria João Quintela, Presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia e Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia
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