Quase 65 por cento dos portugueses com mais de 65 anos vacinou-se este ano contra a gripe, tendo aumentado também o número de doentes crónicos e de profissionais de risco que levaram a vacina.
Estas são as principais conclusões do “Vacinómetro 2010”, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, que monitoriza em tempo real a vacinação contra a gripe.
Em declarações à agência Lusa, o pneumologista Filipe Froes explicou que os indicadores permitem concluir que houve um aumento da adesão à vacinação por parte de todos os grupos prioritários, mais evidente nos doentes crónicos e nos profissionais de risco.
Em relação aos doentes crónicos, a vacinação atingiu 48,8 por cento, quando no ano passado se tinha ficado pelos 33 por cento.
Na população idosa, a percentagem foi este ano de 64,7 por cento, quando em 2009 não tinha chegado aos 60 por cento.
Filipe Froes recordou que o objectivo da União Europeia é alcançar, em 2014, uma taxa de vacinação na população com mais de 65 anos de 75 por cento. “O trabalho mais difícil está em manter boas coberturas vacinais nos doentes crónicos e nos profissionais de risco. Mas onde vamos ser avaliados é na cobertura dos idosos. Isso é o objectivo primordial”, comentou o médico.
Quanto aos profissionais de risco, a esmagadora maioria profissionais de saúde, a taxa de vacinação atingiu este ano 50 por cento, um aumento superior a 20 pontos percentuais relativamente a 2009. Apesar de frisar que esta subida é positiva, o pneumologista Filipe Froes admite que a taxa deveria ser de 100 por cento neste grupo populacional. “Muitas vezes nós, profissionais de saúde, desvalorizamos a necessidade de nos protegermos. Mas não é só a protecção, é também a necessidade de impedir que os profissionais sejam veículo de transmissão da doença para grupos de risco.”
In Público
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