Em declarações à agência Lusa, Paulo Diegues, especialista em Saúde Ambiental da DGS, revelou que “morreram mais mil pessoas do que o expectável [naquele período]. O calor é factor potenciador, mas não há uma relação causa/efeito”.
O responsável salientou que estes são dados preliminares e que se trata de pessoas que já tinham debilidades ou problemas de saúde, explicando que “sempre que a temperatura aumenta, a curva da morbilidade acompanha este fenómeno. Mas são valores que não podemos associar exclusivamente ao calor”.
Vários são os distritos que a DGS colocou em alerta amarelo durante esta semana, pois a exposição continuada a temperaturas elevadas pode provocar desidratação e agravamento de doenças crónicas, sendo especialmente vulneráveis as crianças nos primeiros anos de vida, idosos, doentes crónicos e pessoas medicadas com anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos e antidepressivos.
Desta forma, a DGS aconselha o aumento da ingestão de água e sumos de fruta natural sem açúcar. Por outro lado, deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, procurar ambientes frescos nos momentos de maior calor do dia e utilizar roupa larga, chapéu e óculos com protecção contra a radiação UVA e UVB.
O Instituto de Meteorologia (IM) chama a atenção para o risco “Muito Alto” de exposição à radiação ultravioleta, que se tem verificado em algumas localidades. A exposição à radiação ultravioleta do sol pode conduzir a problemas agudos e crónicos para a saúde, nomeadamente ao nível da pele (cancro), olhos (cataratas) e sistema imunitário, explica o IM.