Associação Portuguesa de Psicogerontologia

RECONHECER O TRABALHO DAS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE

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RECONHECER O TRABALHO DAS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE

Os mais pobres e os mais desfavorecidos confiam nas Instituições de Solidariedade Social que, muitas vezes, são as únicas entidades a dar-lhes apoio e a fazer valer a proteção dos seus direitos e da sua dignidade, defendendo os valores sociais e solidários.
As IPSS contribuem para promover uma sociedade respeitadora das pessoas e a solidariedade indispensável à sobrevivência dos mais discriminados e abandonados, e são muitas vezes as únicas entidades a dar-lhes voz e ferramentas concretas para a vida.
Maria João Quintela
Presidente da Direção da APP

ORDEM DE MÉRITO

Presidência da República distingue trabalho das IPSS

A Presidência da República distinguiu um conjunto de personalidades e de IPSS cujo contributo para “atenuar o sofrimento causado pela crise em que o País tem vivido nos últimos anos foi notável”, como fez questão de frisar Cavaco Silva, que com este ato quis ainda assinalar o Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações.
À cabeça dos galardoados, o presidente da CNIS, padre Lino Maia, que o Presidente da República distinguiu com o título de Grande-Oficial da Ordem de Mérito.
Os 13 distinguidos – sete personalidades e seis instituições sociais – foram agraciados com a Ordem de Mérito, que se destina a galardoar atos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da coletividade.
Para além do líder da CNIS, foram ainda agraciados, com a Comenda da Ordem do Mérito, Alfredo Castanheira Pinto, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, e Luís Villas-Boas, diretor do Refúgio Aboim Ascensão, António Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, e Manuel Matias, vice-presidente da Associação António Bacelar Carrelhas, e, como Oficiais da Ordem do Mérito, Albino Martins e Cláudia Martins, diretores do Centro Paroquial de Cachopo.
Já com o título de membro honorário da Ordem do Mérito, a Presidência da República distinguiu seis IPSS: Associação da Creche de Braga (representada por Manuel Lomba), Associação Popular de Apoio à Criança (José Casaleiro), Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos (José Carreiro), Florinhas do Vouga (Lucinda Tavares Conceição), Lares da Boa Vontade (Alasdair Mackintosh) e Obra Diocesana de Promoção Social (Américo Ribeiro).
Nas palavras que dirigiu aos presentes, o Presidente da República referiu que o ato pretende “reconhecer o trabalho em prol dos mais frágeis” que os agraciados vêm desenvolvendo.
“Outros mereceriam estar aqui, pela dedicação e altruísmo com que têm apoiado os que mais precisam, mas as personalidades e instituições que aqui estão presentes representam a vasta rede de solidariedade social de todos os que deram o melhor de si para atenuar o sofrimento dos muitos que têm sido afetados pela crise”, afirmou Cavaco Silva, sublinhando: “O papel das vossas instituições foi decisivo para combater a carência e apoiar os novos pobres, seja por via do desemprego, do endividamento excessivo ou outras causas que a crise criou”.
Enfatizando a importância da “rede de solidariedade social” que Portugal tem, o Presidente da República lembrou que uma das suas primeiras iniciativas, há nove anos, foi o “apelo para o Compromisso Cívico para a Inclusão Social”, a que se seguiu “o Roteiro para a Inclusão Social”, congratulando-se por ter sido “um apelo que foi ouvido”.
Considerando que as personalidades e instituições sociais agraciadas provam que existe “um Portugal solidário”, Cavaco Silva questionou: “O que seria da situação social do País sem a vossa ação e das vossas instituições?”.
Depois o Presidente da República apelou para que “a vigilância não abrande”, deixando um agradecimento “pelo que fizeram pelos mais desfavorecidos”.
Em nome dos condecorados, o padre Lino Maia começou por agradecer “honra” e os elogios dirigidos às IPSS, recordando que, apesar dos “anos difíceis, não houve uma só instituição a encerrar portas ou um só dirigente a desistir”.
Depois, o presidente da CNIS lembrou que a rede social solidária são mais de cinco mil instituições, cerca de 200 mil empregos e quase meio milhão de utentes, sublinhando: “Somos para todos e de todos sentimos o carinho e o apreço”.
“Apoiámos mais pessoas, servimos melhor e criámos mais emprego, com menos meios, mas com um coração provavelmente maior”, rematou.
No final, ao SOLIDARIEDADE, o padre Lino Maia sublinhou não sentir “esta condecoração como algo pessoal, mas como uma distinção para as instituições”.
A cerimónia contou, entre os convidados, com o ministro da Solidariedade, Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, e com diversos antigos governantes, tal como com diversos elementos da Direção da CNIS.

Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)

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