Comissão Europeia vai enviar à cidade uma equipa de técnicos em visita de estudo.
A Câmara de Viseu rastreou toda a população idosa que vive sozinha no centro histórico e agora vai desenvolver um programa de contactos diários com os idosos que vivem isolados. O projecto mereceu a atenção da Comissão Europeia, que vai enviar à cidade uma equipa de técnicos, em visita de estudo, para analisar o modelo que poderá ser alargado a todo o espaço comunitário, noticia o DN.
A autarquia viseense pretende contar com a boa vontade da população para acabar com o isolamento dos idosos que residem no centro histórico da cidade. Estes foram sinalizados em 2009 através de visitas dos técnicos de acção social, que identificaram as pessoas de idade que residem sozinhas e que necessitam de apoio. Este projecto prevê contactos diários com os idosos que vivem sozinhos e sem contactos com a restante população.
Nesta cidade os casos de abandono são raros e muitos beneficiam de apoio domiciliário. Apesar disso, nas diversas freguesias do concelho os casos mais graves têm vindo a ser identificados por estagiárias da Escola Superior de Educação que realizam trabalho prático nas autarquias locais. Agora, a câmara quer acabar com a solidão dos mais idosos e está a dinamizar uma rede de voluntários para realizar contactos diários com os idosos que até agora têm vivido à margem do resto da população.
A escolha dos voluntários “será rigorosa porque são eles que irão entrar na habitação da população sénior”, adiantou o vereador da acção social. Segundo Hermínio Lemos, os vizinhos serão também chamados a participar “através de alertas para acompanhar e procurar conhecer a situação dos idosos que vivem sós. O projecto será depois “estendido a todo o concelho”.
Em Vila Chã de Sá, uma freguesia rural com elevado número de idosos, já está prevista a realização de um inquérito sobre as condições em que vive a população da freguesia e assim identificar os casos de isolamento. Uma metodologia que será seguida nas outras 32 freguesias. Práticas que já “mereceram a atenção da União Europeia e que levaram a Direcção-Geral de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO), que lida com as políticas sociais, a escolher Viseu como caso de estudo”. Para isso, a ECHO “irá enviar uma delegação para conhecer os programas, reflectir e provavelmente alargar o exemplo de Viseu a todo o universo comunitário”, concluiu Fernando Ruas.
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