A investigação em Portugal foi coordenada por uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto liderada por Henrique Barros. Ao todo foram realizados cerca de 700 inquéritos a nível nacional e, dos sete países estudados, Portugal não é dos que apresenta piores resultados mas destaca-se pela negativa dentro dos países do Sul da Europa. O inquérito foi também conduzido na Suécia, Lituânia, Alemanha, Grécia, Itália e Espanha.
“São as pessoas que tomam conta dos idosos, que na maior parte dos casos, eram filhos ou o parceiro [que praticam os actos de violência] ”, explicou à TSF Henrique Barros. O investigador acrescentou também que os maus tratos psicológicos são os mais frequentes, sendo o agressor considerado íntimo da vítima.
Sobre as diferenças entre sexos, o professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto explicou que a violência atinge sobretudo as mulheres mas que o número de vítimas do sexo masculino surpreendeu os investigadores.
No que diz respeito às doenças provocadas pela violência de que a população com mais de 60 anos foi alvo, o estudo diz que são difíceis de identificar mas que as mais comuns são as depressões e as perturbações do sono e do sistema digestivo.
Fonte: Jornal Público