Do total dos idosos carenciados com direito a ajudas na compra de medicamentos, óculos, lentes e próteses dentárias, apenas dez por cento reclama estes apoios, o que é «insuficiente», defende o secretário de Estado e Adjunto da Saúde.
Nos primeiros cinco meses do ano, o Estado já reembolsou 66 mil pedidos, num total de 1,4 milhões de euros, disse Francisco Ramos, citado pela Agência Lusa, reconhecendo que é um número que fica aquém do número de idosos que precisam de ajuda para as despesas de saúde. Todavia, verificou-se um aumento em relação a 2008, tendo sido pagos 41 200 reembolsos, num montante de 1,02 milhões de euros.
O secretário de Estado e Adjunto da Saúde anunciou que são menos de dez por cento os idosos que recorrem ao apoio, criado há cerca de dois anos e que atribui apoios financeiros estatais aos idosos mais carenciados.
Publicada em Diário da República a 5 de Julho de 2007, a lei faculta ajudas aos beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI), sendo em Junho de 2007 cerca de 200 mil pessoas nesta situação. As ajudas incidem em 50 por cento sobre o preço do medicamento não comparticipado pelo Estado, e em 75 por cento nas despesas em óculos ou lentes, até ao valor máximo de 100 euros, por cada dois anos.
Francisco Ramos disse que não estão em causa dificuldades burocráticas, uma vez que os que podem receber esta ajuda já estão inscritos na segurança social ou usufruem do CSI, «as pessoas entregam as facturas das despesas e o reembolso é processado pela Segurança Social quando envia a pensão ou o CSI», explicou. «É preciso ser pró-activo, seja através do voluntariado, seja mediante os profissionais de saúde que devem chamar a atenção destas pessoas para o facto de existirem ajudas que podem ser úteis», disse Francisco Ramos, lembrando que o apoio se dirige a pessoas «idosas, pobres, com dificuldades em reconhecer os seus direitos».
Notícia retirada de TVI24