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População está a envelhecer com mais independência funcional

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População está a envelhecer com mais independência funcional

A população portuguesa está a envelhecer com independência funcional e hábitos de vida favoráveis, revela um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, publicado na página da Internet do Alto Comissariado para a Saúde.

O estudo avaliou a autonomia funcional no âmbito físico, mental e social de 2516 indivíduos representativos da população continental portuguesa, tendo a amostra sido estratificada por três grupos etários, 55-64 anos, 65-74 anos e maiores de 75 anos, por género e por região (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).

Tratou-se de um estudo do perfil de envelhecimento da população portuguesa, com a finalidade de caracterizar o processo, avaliando o aspecto social, a vulnerabilidade biológica, a saúde física e mental e a autonomia dos indivíduos.

Segundo as conclusões, a idade limite estimada para o aparecimento de factores de dependência funcional passou a ser os 70 anos.

Em declarações à agência Lusa, o director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Santos Rosa, um dos autores do estudo, explicou que o “índice dos 65 anos, que costuma caracterizar a terceira idade, já não corresponde à realidade de envelhecimento da população”.

“Os 65 anos já não serão o marco mais importante para caracterizar o envelhecimento da população. É já um pouco à frente”, salientou o catedrático, referindo que a sociedade apresenta actualmente uma realidade diferente.

Numa análise por grupo, os autores do estudo concluíram que a faixa dos 55-64 anos apresentou menor percentagem de casos desfavoráveis na maioria dos parâmetros estudados, excepto no domínio dos hábitos de vida e tabagismo.

Relativamente à análise por região, constata-se que o Norte apresenta uma situação mais desfavorável quanto à rede social e à avaliação cognitiva, enquanto o Alentejo se destaca por apresentar o dobro da probabilidade de dependência funcional da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Como eventuais causas, Santos Rosa aponta as diferenças genéticas e os hábitos de vida e alimentares completamente diferentes no Norte, onde a “alimentação é mais calórica”.

O estudo visa promover o desenvolvimento de planos estratégicos de intervenção ao nível de prevenção, tratamento e reabilitação, contribuindo para a promoção de estilos de vida saudáveis e bem-estar da população idosa portuguesa.

O director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra considera que é importante realizar estudos longitudinais para avaliar o envelhecimento da população, analisando as mesmas pessoas ao longo de mais tempo em diversos parâmetros.

Fonte: Destak

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A Associação Portuguesa de Psicogerontologia-APP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de âmbito nacional, dedica-se às questões biopsicológicas e sociais inerentes ao envelhecimento e às pessoas idosas, visa a promoção da dignificação, respeito, saúde, autonomia, participação e segurança das pessoas idosas, num quadro de envelhecimento ativo e de solidariedade intergeracional, e de uma sociedade mais inclusiva para todas as idades, promove novas mentalidades e combate estereótipos negativos relativamente à idade e ao envelhecimento.

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