As seguradoras portuguesas preparam-se para lançar um novo produto destinado aos idosos que estejam em condições de dependência. Isto depois de um estudo, realizado por vários catedráticos sobre o sector segurador, ter concluído que, em 2020, cerca de 48 mil idosos estarão em situações de grande dependência até para os cuidados mais básicos.
«Estamos a estudar as condições para suprimir uma lacuna do serviço público no momento da velhice», explicou à Agência Financeira Miguel Guimarães, director-geral Adjunto da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
A ideia já não é nova: há cerca de cinco anos a Caixa-Geral de Depósitos lançou no mercado um seguro idêntico, mas teve praça adesão.
Por ora, a APS ainda não definiu uma data para este produto entrar no mercado nacional, mas adianta que este estudo estará pronto a meados do próximo ano.
Na prática, quem quiser assegurar o seu futuro, sem contar com as prestações do serviço público, terá de fazer dois seguros diferentes no ramo da saúde. Isto porque, «a dependência não é uma doença», como explicou Pedro Seixas Vale, presidente da APS.
Por exemplo, «se quiser garantir a presença de uma pessoa a tempo inteiro para todos os cuidados terá de pagar um montante muito elevado, não disponível para todas as bolsas», explicou Pedro Seixas Vale. «Já se preferir um modelo mais básico pagará muito menos», acrescentou. Aliás, «se entregar o seu PPR a uma seguradora, o seguro de dependência não terá quase nenhuns custos», disse, acrescentando que cada português gasta, em média, 400 euros por ano em planos poupança-reforma.
Retirado de TVI 24