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Médicos vão ter cadeira de Geriatria

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Médicos vão ter cadeira de Geriatria

Duas faculdades de medicina vão passar a ter uma cadeira de Geriatria. De acordo com João Gorjão Clara, director do serviço de medicina II do Hospital Pulido Valente, “as faculdades de medicina da Universidade de Coimbra e da Universidade de Lisboa aceitaram criar a cadeira de Geriatria já este ano”.

O médico, que é o único português a ter o curso de Geriatria da European Academy for Medicine of Ageing, considera este passo “uma vitória”, uma vez que há 14 anos que se tenta lançar esta área na Faculdade de Ciências Médicas (também em Lisboa): “Penso que todos os alunos de medicina devem ter formação na área”.

Para o cardiologista, esta medida é muito importante porque “vai permitir que os alunos aprendam como se manifesta uma doença no idoso”. Até porque, sublinha, por vezes, os efeitos em doentes mais velhos são diferentes do que está descrito nos livros”. Por outro lado, é preciso saber como o tratar e medicar. “Estes doentes têm várias doenças. Quando entram num hospital, têm em média 5,6. Temos de saber qual é a mais importante e a primeira a ser medicada”, explica.

Em Portugal, há mais de um milhão de idosos. Porém, só nos serviços de internamento de medicina dos hospitais, “mais de 70% dos doentes têm mais de 65 anos”.

A criação de cadeiras de Geriatria no ensino da medicina, e não apenas na formação pós-graduada, é essencial e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde a todos os profissionais. 

Um estudo de 2008, que envolveu 33 países europeus, demonstrou que 25 já incluíram a cadeira na pré-graduada. Actualmente, a cadeira só não existe na Grécia, Estónia, Macedónia, Moldávia, Eslovénia. Gorjão Clara salienta a sua importância, quando se prevê que, em 2050, 25% dos europeus tenha idade superior a 80 anos. “Precisamos que os médicos estejam preparados para tratar idosos”, diz, citando o especialista Alexandre Kalache.

 

Retirado de Diário de Notícias

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A Associação Portuguesa de Psicogerontologia-APP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de âmbito nacional, dedica-se às questões biopsicológicas e sociais inerentes ao envelhecimento e às pessoas idosas, visa a promoção da dignificação, respeito, saúde, autonomia, participação e segurança das pessoas idosas, num quadro de envelhecimento ativo e de solidariedade intergeracional, e de uma sociedade mais inclusiva para todas as idades, promove novas mentalidades e combate estereótipos negativos relativamente à idade e ao envelhecimento.