Apoio ao domicílio a mais de seis mil pessoas pode estar comprometido.
Para muitos é a única refeição quente diária. Centros paroquiais temem cortes nas verbas da Segurança Social, avança o Correio da Manhã. Lino Maia, presidente das IPSS, está preocupado com as consequências dos cortes anunciados. O responsável tem, nos últimos dias, desdobrado contactos no sentido de evitar “consequências dramáticas a breve prazo”. “Estou com fundados receios do que aí vem, mas estamos a ver se conseguimos impedir situações de limite”, disse Lino Maia ao CM. Em todo o País, há 1189 centros sociais e paroquiais que, entre outras valências, como lares de idosos e centros de dia, dão apoio domiciliário a mais de 45 mil pessoas. Isto para além de serviço idêntico realizado pelas misericórdias e outras instituições de solidariedade social. Os cortes financeiros previstos podem levar ao encerramento de mais de 300 centos paroquiais, o que deixará mais de seis mil idosos sem apoio domiciliário. “Isto é dramático, porque para a maioria destas pessoas esta é a única refeição quente que ingerem por dia”, sublinhou o padre Américo Alves, presidente do Centro Paroquial de Barbeita, que dá apoio a 60 idosos das redondezas, apesar de ter um protocolo com a Segurança Social apenas para 29 utentes. Entretanto, algumas dioceses já deram indicações no sentido de os párocos “evitarem que os centros se transformem num problema financeiro para as paróquias”.
Fonte: Correio da Manhã