O ensaio “Portugal: os números”, hoje apresentado, dá conta de um país bastante diferente do Portugal de há 40 anos. É, sobretudo, mais envelhecido. Ainda assim, o retrato da população portuguesa é idêntico ao de outros países europeus. As conclusões são de um estudo elaborado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, em vésperas do Dia Mundial da População, que se assinala domingo.

Paulo Chitas, co-autor do ensaio, tira o primeiro retrato do país. “A população nos anos 60 era muito jovem, mas hoje em dia existem mais idosos do que jovens. Portanto, houve um envelhecimento demográfico muito intenso em Portugal. E isso foi acompanhado de um grande aumento da esperança de vida, que desde essa altura subiu cerca de 15 anos.” No que concerne ao futuro retrato do país, Paulo Chitas refere que “o processo de envelhecimento demográfico vai continuar”.

Quanto à quebra da fecundidade, os números não diferem muito em relação à generalidade dos demais países europeus. Nos anos 60, havia um nível médio de fecundidade bastante elevado: cada mulher teria 3,5 ou 3,6 filhos. Hoje em dia, o número médio está em torno de 1,3.

O papel social da mulher está na origem da baixa natalidade. Hoje, têm mais qualificações e entram no mercado de trabalho, adiando o projecto de ter filhos.

Fonte: Rádio Renascença