Idade é obstáculo: a maioria das companhias recusa clientes com 60 anos ou mais.
A DECO analisou a oferta do mercado, tendo chegado à conclusão de que “a maioria dos planos privados de saúde exigem prémios elevados dando pouco em troca”. Os períodos de carência são uma das principais falhas apontadas pela entidade. “O consumidor paga a primeira anuidade, mas tem de esperar três meses para activar as coberturas (excepto em caso de acidente). Por vezes espera até mais: 12 meses para parto ou dois anos para extrair amígdalas”.
Também a idade é um obstáculo. “Se contava contratar um seguro de saúde para assegurar as despesas durante a velhice, desengane-se. A maioria das companhias recusa clientes com 60 anos ou mais. Pior: se já tiver seguro, a partir dos 65 ou 70 anos, que é quando poderá precisar mais das coberturas, o mais certo é fecharem-lhe a porta”, diz a DECO.
Apesar das críticas, há cada vez mais pessoas a subscrever estes produtos, nem que seja para criarem um complemento ao serviço público. As empresas do sector contactadas pelo ionline estão convictas de que o mercado ainda tem espaço para crescer. Em relação às críticas – períodos de carência, exclusões e limites de idade -, a opinião das empresas é unânime: “Há a necessidade de salvaguardar a correcta utilização do seguro, aplicando as respectivas restrições”.