Na sessão dedicada à população sénior, inserida no III Fórum Nacional de Saúde, sublinhou-se a importância de continuarem a ser criados projectos que contribuam para a adopção de estilos de vida saudáveis entre os mais velhos. O evento organizado pelo Alto Comissariado da Saúde realizou-se nos dias 8 e 9 de Março, no Centro de Congressos de Lisboa.
Presidido por Manuel Villaverde Cabral, do Instituto de Ciências Sociais, e moderado por Rui Portugal, da ARS Lisboa e Vale do Tejo, e Maria Elisa, jornalista, o painel “Envelhecimento Activo” contou com a participação de Aníbal Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, Elza Chambel, presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Vítor Ramalho, presidente da Fundação INATEL, e Maria João Marques, Directora da Unidade de Inovação, Parcerias e Comunicação na Fundação Aga Khan.
Sobre o “Envelhecimento Activo” que é, segundo Manuel Villaverde, “uma ideia que tem vindo a ganhar muita força e a transformar-se em acções e que todos podemos ir interiorizando com a idade”, pode-se dizer que “começa com uma vida activa”. De acordo com o professor, “o segredo para um envelhecimento activo está na actividade cognitiva. Os bons hábitos de saúde são uma componente fundamental”. Já se nota “uma evolução muito sensível neste sentido que nos deixa com esperança, mas seria melhor que tudo isto começasse antes dos problemas de saúde chegarem”.
Manuel Villaverde chamou a atenção para a necessidade de haver uma “preparação para a reforma, que constitui uma ruptura para a qual umas pessoas estão mais preparadas do que outras”. E sublinhou: “a vivência e a experiência de qualidade de vida na reforma em Portugal são particularmente negativas em comparação com os países da União Europeia. Isto em parte explica-se pelos baixos níveis económicos e baixos níveis de instrução”.
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