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Antipsicóticos dobram o risco de pneumonia fatal em idosos

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Antipsicóticos dobram o risco de pneumonia fatal em idosos

O uso de antipsicóticos em idosos pode duplicar o risco de uma pneumonia potencialmente fatal, de acordo com um estudo publicado no “Annals of Internal Medicine”.

Na investigação da Erasmus University Medical Center, em Roterdão, Holanda, foram avaliados 2 mil pacientes. Para o trabalho foram comparados os historiais clínicos de 258 idosos com mais de 65 anos com pneumonia e de 1.686 pacientes da mesma faixa etária mas sem a infecção. Todos tomavam antipsicóticos.

Dos indivíduos com pneumonia, 25% morreram no intervalo de um mês.

Ao analisarem as prescrições destes pacientes, os investigadores chegaram à conclusão de que o uso de antipsicóticos estava associado a um risco duas vezes maior de desenvolvimento de pneumonia. O estudo também verificou que o aumento do risco começa logo após o início da medicação, pelo que os especialistas devem estar alertados para a necessidade de acompanharem atentamente estes pacientes, especialmente no início da medicação e se as doses forem elevadas.

O estudo também concluiu que o risco de contrair a infecção era ligeiramente menor nos que tomavam antipsicóticos da nova classe, mas, mesmo assim, existia risco. Deste modo, os cientistas alertam para que a prescrição destes medicamentos só seja feita quando for absolutamente necessário.

Uma revisão de estudos publicada em 2009 mostrou que os antipsicóticos são usados abusivamente em muitos casos e podem ser responsáveis pela morte de 1.800 pacientes por ano no Reino Unido. Anualmente, no mesmo país, cerca de 180 mil pacientes com demência são prescritos com esta medicação, mas apenas 36 mil beneficiam do seu uso.

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A Associação Portuguesa de Psicogerontologia-APP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de âmbito nacional, dedica-se às questões biopsicológicas e sociais inerentes ao envelhecimento e às pessoas idosas, visa a promoção da dignificação, respeito, saúde, autonomia, participação e segurança das pessoas idosas, num quadro de envelhecimento ativo e de solidariedade intergeracional, e de uma sociedade mais inclusiva para todas as idades, promove novas mentalidades e combate estereótipos negativos relativamente à idade e ao envelhecimento.

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