Personalizar as Preferências de Consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficácia e executar certas funções. Encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre Ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará da maneira pretendida sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Bem cookies para exibir.

Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.

Bem cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para compreender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário aos visitantes.

Bem cookies para exibir.

Os cookies de publicidade são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que eles visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem cookies para exibir.

Associação Portuguesa de Psicogerontologia

Menu Fechar

Burlas a idosos chegam a um milhão de euros

Partilhar no Facebook
Partilhar no Twitter
Partilhar no LinkedIn

Burlas a idosos chegam a um milhão de euros

Vítimas têm entre 71 e 80 anos e são, sobretudo, mulheres que se encontram sozinhas.

 

A burla de idosos é o crime com maior incidência dos registados pela Guarda Nacional Republicana (GNR). Apesar disso, muitas ficam por se saber porque, como refere o major Rogério Cupeto, “as pessoas não denunciam o crime porque não gostam de ser conotadas como aquele que se deixou enganar”. A GNR estima que, no último ano, os prejuízos causados pelas burlas a idosos ascendam a um milhão de euros. O Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança percorre todo o País. Trata-se de chegar mais perto de “uma população vulnerável” que continua a guardar as suas poupanças em casa, apesar das campanhas de sensibilização realizadas pela GNR e PSP “estarem a ter resultados excelentes”. Os idosos “quase sempre colaboram e até agradecem pelo facto de, após as sessões, o sentimento de segurança aumentar”, diz Rogério Cupeto. O vínculo mantém-se. Os idosos ficam com os contactos das equipas que os visitam, até mesmo de telemóvel para onde podem ligar sempre que sentirem suspeita de que estão a ser alvo de um crime.

 Em 2009, a GNR detectou 322 burlas contra idosos. No primeiro semestre de 2010 eram 122 casos, mas “prevê-se uma descida acentuada dos crimes” embora os dados estatísticos relativos ao ano passado não estarem ainda tratados. A grande maioria das vítimas, cerca de 45%, têm entre 71 e 80 anos, são sobretudo mulheres (56%) e na quase totalidade dos casos são abordadas quando estão sozinhas (96%) e à hora de almoço. Os distritos com mais situações são o Porto, Braga e Santarém. Os burlões são sobretudo homens, em 78% dos casos, que utilizam para enganar os idosos na maior parte das vezes a figura do funcionário da Segurança Social. Homens e mulheres, bem vestidos, afáveis, convincentes e que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem. Este é por norma o retrato do burlão mesmo que esteja disfarçado de familiar, amigo de familiar, inspector da segurança social ou do banco e até mesmo médico.

O esquema é simples e vai desde o trocar dinheiro porque as notas vão sair de circulação a substituir o cartão multibanco velho por um novo. Há ainda o funcionário da EDP que promete descontos na factura. Um longo e perdulário rol de burlas à portuguesa. A PSP de Viseu registou esta semana uma queixa, velha de uso mas nova de conteúdo. O proprietário de um restaurante contou que um homem, “bem-falante jantou mas no final da refeição disse ter encontrado um vidro no meio da comida que lhe provocou danos num dente”. Uma queixa tão convincente que o cliente mostrou “ferimentos na boca”. O jantar ficou por conta da casa e o cliente pediu uma indemnização para ir ao dentista. Recebeu 85 euros e nunca mais foi visto. Mas a fama ficou na cidade: mais dois proprietários de restaurante queixaram-se de esquemas iguais. Mas as burlas “acontecem sobretudo nas aldeias com idosos crédulos ou que se deixam levar por pessoas bem-falantes, impecavelmente vestidas e muito persuasivas”, conta Marques Fernandes, tenente-coronel da GNR de Viseu que conhece “bem o longo cardápio de burlas”. As aldeias são hoje lugares “quase abandonados com meia dúzia de idosos” que acabam “escolhidos por burlões que os estudam antes de aplicar os golpes”, adianta o oficial. Na semana passada, em Tondela, a táctica aplicada foi a das “notas que vão sair da circulação e que é preciso trocar”. Em dias de feira, “quando os idosos vão ao banco, é quando há mais burlas como a da herança para distribuir pelos pobres. Um desconhecido que pergunta por alguém a quem tem uma fortuna para entregar e que deve distribuir pelos pobres.

O oficial lembra que “as burlas a idosos continuam a ser praticadas por indivíduos cuja apresentação e postura não levantam suspeitas e que demonstram bastante bem a vida familiar dos lesados, os seus hábitos e a sua rotina diária ganhando, assim, a sua confiança”. Pelo que a GNR “vai continuar a alertar os idosos”. Tanto a GNR como a PSP aconselham os idosos a ter determinados cuidados até porque, como dizem, “a segurança começa em cada um de nós”. Deixar portas e janelas fechadas sempre que sair, não deixar entrar pessoas suspeitas ou desconhecidas sem ter a certeza de quem são e ter sempre à mão os números de telefone da polícia são alguns dos conselhos.

In Diário de Notícias

Associação Portuguesa de Psicogerontologia

A Associação Portuguesa de Psicogerontologia-APP, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos e de âmbito nacional, dedica-se às questões biopsicológicas e sociais inerentes ao envelhecimento e às pessoas idosas, visa a promoção da dignificação, respeito, saúde, autonomia, participação e segurança das pessoas idosas, num quadro de envelhecimento ativo e de solidariedade intergeracional, e de uma sociedade mais inclusiva para todas as idades, promove novas mentalidades e combate estereótipos negativos relativamente à idade e ao envelhecimento.