A Linha do Cidadão Idoso da Provedoria da Justiça reabriu a 9 de Novembro. Isto depois de estar suspensa três meses por ordem do novo provedor e por ilegalidade na contratação de funcionários. Nos primeiros sete meses do ano, houve mais de 1700 chamadas.
Rosa, uma viúva de 83 anos, vive sozinha e não tem familiares próximos. Sofre de vários problemas de saúde que a impedem de realizar as tarefas domésticas e sobrevive com uma pensão de velhice que mal chega para pagar os medicamentos. A vida mudou quando decidiu ligar para a Linha do Cidadão Idoso, do gabinete do provedor de Justiça. Depois deste contacto passou a ter uma pensão mensal. E recebe ainda a visita de uma assistente social que a ajuda nas tarefas domésticas e nas idas ao médico.
Esta Linha de apoio reabriu a 9 de Novembro, depois de ter estado três meses suspensa (assim como a linha Recados da Criança) por ordem do novo provedor de Justiça, Alfredo de Sousa.
Por existirem “ilegalidades” na contratação de funcionários, alguns a trabalhar na provedoria há mais de dez anos, o provedor suspendeu o serviço a 23 de Julho. Doze trabalhadores foram dispensados por “impossibilidade legal de renomeação no cargo” e os serviços encerrados. A situação foi entretanto regularizada e a linha activada. Linha esta que nos primeiros sete meses do ano recebeu oito queixas por dia.
“Muitos casos foram resolvidos apenas através da prestação de informação ou encaminhamento para a entidade competente, em cerca de 73% dos casos”, explica ao DN Conceição Lopes, chefe de gabinete do provedor de Justiça. Mas se a maioria das situações é simples de resolver, há outras bem mais complicadas, que, segundo a responsável, obrigaram à abertura “de um processo formal”.
Se nos primeiros sete meses do ano, a Linha de apoio recebeu 1726 chamadas, em 2008 o número também foi elevado. Nessa data, o serviço recebeu uma média diária de nove telefonemas. Ou seja: no total, foram registadas 3348 chamadas de idosos. Destas, 78% foram casos resolvidos e encaminhando para a entidade competente, como a Santa Casa da Misericórdia.
Retirado de Diário de Notícias