Estudo “Apesar das dificuldades (económicas), as Misericórdias têm aumentado a sua capacidade produtiva”, sendo que as “estruturas ligadas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) são as suas principais clientes”.
Esta é uma das conclusões de um estudo, apresentado ontem, em Vila do Conde, durante o congresso “As Misericórdias e a Saúde”, que hoje termina.
Segundo o documento, que analisou 16 misericórdias, situadas de norte a sul do País, o aumento da actividade nestas instituições situa-se, sobretudo, em áreas como a consulta programada, atendimento permanente, patologia clínica, imagiologia, técnicas gastrenterológicas e medicina física e de reabilitação.
Apesar deste crescimento generalizado, há serviços onde houve uma diminuição das actividades como cirurgias e técnicas cardiológicas e oftalmológicas.
Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, considerou necessário que “os responsáveis do Ministério da Saúde” percebam que estas são “instituições de utilidade pública” e não fazem parte do sector privado. E defendeu que as misericórdias devem ser vistas como “complementares ao Estado”. Apesar de o “orçamento ser cada vez mais reduzido”, “as misericórdias, porque “não são concorrentes” do Estado, podem “contribuir para ajudar a atingir os objectivos que o Ministério da Saúde se propõe”, disse o médico Salazar Coimbra.
Fonte: Diário de Notícias