O idoso tipo que hoje recebe o Complemento Solidário tem entre 70 e 79 anos, é mulher, vive “isolado” e reside nos distritos do litoral, principalmente em Lisboa e Porto, revelam dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.
“Em termos de tipologia familiar, os dados mais recentes apontam para que cerca de 50 por cento dos beneficiários (do Complemento Solidário para Idosos) é do tipo ‘isolado’, mais de metade são do sexo feminino e cerca de metade tem idade compreendida entre os 70 e 79 anos”, adianta o MTSS.
Segundo dados facultados à agência Lusa, desde a criação, há quatro anos, do Complemento Solidário para Idosos (CSI) que “se verifica uma forte evolução no número de beneficiários apoiados”.
“Se em dezembro de 2006, o CSI apoiava cerca de 18 500 idosos, passados quatro anos foram já apoiados no âmbito desta prestação cerca de 265 mil idosos com baixos recursos”, lê-se numa nota enviada à Lusa.
De acordo com os dados do MTSS, esta prestação “encontra-se generalizada a todos os idosos com 65 ou mais anos desde o início de 2008”, sendo que mais de 50 por cento do total de beneficiários reside em distritos do litoral, “com especial incidência em Lisboa e Porto”.
Em termos de prestação média, no primeiro ano de vida do CSI houve “um decréscimo no valor da prestação”, que tem, no entanto, vindo a aumentar gradualmente graças à atualização extraordinária (10,6%) do Valor de Referência, em 2008.
“A prestação média mensal tem apresentado uma tendência de crescimento, situando-se em novembro de 2010 nos 90 euros. Cerca de 30 por cento dos beneficiários desta prestação recebem mensalmente entre 50 euros e cem euros”, revela o MTSS.
No global, entre 2006 e 2010, o MTSS já atribuiu 666 milhões de euros em CSI aos idosos mais pobres.
O MTSS salienta ainda que este subsídio “tem contribuído para o combate à pobreza nos idosos” e garante que a sua atribuição “tem sido alvo de uma rigorosa monitorização”.
In Sic